sábado, 2 de julho de 2011

Confusões de um diamante reluzente

Nessas andanças em que descobri o inesperado me deparei com diversas coisas que me fizeram repensar tantas e tantas vezes sobre aspectos que, aparentemente, estavam bem resolvidos na minha cabeça. E repensar tanto faz a gente pirar, faz a gente enlouquecer por caminhos que se projetam a nossa frente e que anteriormente nem sabiamos que esses caminhos existiam. Mas eles existem. E estão aí.

A expressão emblemática de um rosto confuso e um tanto quanto perdido são corriqueiras e na verdade(aliás, que verdade?) o que eu gostaria era de ser cego por alguns minutos, mas não cego no sentido literal, cego de cabeça, compreende? Cego e inflexível, para não ter e precisar ver e me desdobrar para nada; seria uma condição e não seria questão de aceita-la, ou não. Seria uma condição que existiria e ponto, lidem com ela. E novamente não é assim, não sou cego de cabeça e não sou inflexível, pelo contrário. Enxergo tanto que muitas vezes meus olhos doem e me desdobro tanto que muitas vezes desconheço quem sou.

Não são raras as vezes em que me pergunto se a existência desses caminhos todos é necessária, ou se eles existem apenas para nos confundir, afinal, seria muito fácil se apenas um caminho existisse e trilhassemos nele sem pensar "nos outros" porque os outros simplesmente não existiriam e nem fariam parte do nosso imaginário. A conclusão que eu tiro dessas perguntas que faço a mim mesmo é que esses caminhos são necessários, sim. Viver em um mundo de caminhos, opções, escolhas e trilhas diferentes é um privilégio, sair da nossa zona e conhecer a zona e os caminhos dos outros e outros caminhos e zonas existentes é um privilégio também. Ter a chance de escolher é um privilégio, são as nossas escolhas e ter a possibilidade de escolher é incrível.

Por muitas vezes algumas dessas zonas e trilhas possuem um diamante que reluz a kilometros de distância e nós somos seduzidos por esse diamante, buscamos e seguimos sua luz a fim de encontra-lo e obter o diamante porque acreditamos que aquele diamante nos fará mais felizes, mas na realidade nós já somos mais e mais e muito felizes, mesmo sem o diamante. O mais importante dessas zonas e trilhas que possuem um diamante reluzente não é o diamante, em si. É o caminho que se percorre até encontra-lo e acredite, esse caminho não é fácil, mas essa é a magia nisso tudo. A magia de ver o quão capazes e desbravadores nós somos. A magia de descobrir isso.

Confusões felizmente fazem parte. Nós somos todos confusos, loucos, fantasiados, com rostos abstratos. Nós somos tudo isso e estamos vivendo em um mundo que muitas vezes tenta abafar a confusão, a loucura, as fantasias e nossos rostos abstratos. Mas apenas tenta, porque nós somos o nosso próprio diamante reluzente e nossa luz brilha e sempre brilhará dentro de nós mesmos, independente do caminho que escolhermos.

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