terça-feira, 24 de abril de 2012

Desvio

Tom:  You know what sucks?  Realizing that everything you believe in is complete and utter bullshit.  Sucks!

Summer:  What do you mean?

Tom:  You know destiny and soul mates.  True love and all that childhood fairytale nonsense.  You were right.  I should have listened to you.

Summer:  No!

Tom:  Yeah!  Why are you smiling?

Summer:  Tom!

Tom:  What why are you looking at me like that for?

Summer:  Well you know I guess it’s because I was sitting in a deli and reading “Dorian Gray” and a guy comes up to me and asks me about it and now he’s my husband.

Tom:  Yeah, so!?

Summer:  So what if I had gone to the movies?  What if I had gone somewhere else for lunch?  What if I gotten there ten minutes later?  It was meant to be and I just kept thinking “Tom was right!”

Tom:  No.
 
Summer:  Yeah I did.  I did.  It just wasn’t me  you were right about.


"500 Days of Summer - Último diálogo" 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Os 5 inesquecíveis

http://www.youtube.com/watch?v=udBLU0Y_G2s


Há 2 meses surgiu a vontade de construir no Paraguay pela primeira vez. Seria a construção em San Pedro, o estado mais pobre do Paraguay. Troquei alguns emails, mas ficou só na vontade, talvez não fosse o momento certo. Depois, foi a vez da Detecção Massiva, construção da casa1000, enfim, coisas com as quais eu estava tão envolvido que só pensava nelas, quando o assunto era o teto. Passado tudo isso, bateu aquela tristeza porque a próxima construção só seria em junho. Lembrei do Paraguay e fui buscar informações sobre a próxima construção de lá.

Entrei na página do facebook do teto paraguayo e descobri que haveria uma construção de 4 dias na Semana Santa. Perfeito! 4 dias, feriado de Semana Santa...Só faltava agilizar a parte burocrática (leia-se: avisar ao teto Brasil e ao teto Paraguay) e fazer as malas. Por sorte, encontrei outras pessoas que também estavam interessadas em construir por lá. Formamos um grupo, conversei com alguns paraguayos que conheci em novembro e tudo se encaminhava. Obvio, houveram algumas complicações que não valem a pena serem citadas, mas no final das contas, eu, Julia, Denis e outro Rafael fomos rumo ao Paraguay para vivenciar uma das maiores experiências de nossas vidas.

Nos encontramos no Terminal Rodoviário do Tietê na terça-feira, 3. Seria uma viagem longa, cerca de 25 horas, 25 horas de pura ansiedade e entusiasmo. O tempo parecia que não passava, queriamos muito chegar lá e enfim, quando chegamos foi a maior festa. Haviam 3 paraguayos nos esperando no terminal e ali já percebemos a receptividade. Fomos ao escritório do teto paraguayo e conheci outras pessoas, reencontrei o Adrian, um grande amigo que conheci na construção latinoamericana e conheci a Mai, uma das argentinas mais queridas que tive a oportunidade de encontrar.

Saindo de lá, fomos ao envio e eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, era surreal. Conversamos bastante com as outras pessoas que estavam ali, tiramos muitas, muuitas fotos e aguardamos para seguir a nossas comunidades. Cada brasileiro estava em uma escola diferente, então era cada um por si, a partir de então. Senti um pouco de medo, mas logo passou. Não conversei muito no ônibus, estava pensando em tantas coisas e em nada ao mesmo tempo, já que era tudo novo demais pra mim. Chegamos na escola, descarregamos nossas malas e comecei a me aproximar das pessoas, conversar com elas e finalmente arriscar meu espanhol.

A primeira pessoa que me aproximei foi a Nadia, que me ajudou com o celular, pois há algumas horas que eu não me comunicava com os meus pais. Nos apresentamos e fomos dormir para o primeiro dia de trabalho. Acordei estranho, não havia dormido bem, mas entendi, pois era a primeira noite. Tomamos café-da-manhã, separamo-nos em equipes e seguimos rumo aos asentamientos, que são muito diferentes das favelas brasileiras. Chegando lá, conheci Dona Carmen e Senhor Agustín, os donos da casa que estavamos construindo. Ambos nos trataram como filhos, cozinharam pra nós, me fizeram chá para o estômago, ajudaram a construir a casa...São pessoas que eu nunca vou esquecer.

A inaguração da casa foi linda, meus líderes pediram que eu falassem algumas coisas em português e eu soltei a voz, estava muito feliz por tudo o que estava acontecendo. Tenho certeza que ambos serão muito felizes juntos na sua nova casa, no seu novo lar. E que chova!
Voltamos para a escola e no dia seguinte tudo começaria outra vez. Nova família, nova casa e as energias deveriam estar renovadas. Acordamos cedo e seguimos outra vez para o asentamiento. Conheci as crianças mais fofas (chulinas) do mundo! Eram carinhosos, inteligentes e queriam muito nos ajudar, além disso, adoravam tirar fotos. Cada vez que o cansaço batia, olhava para as crianças e juntava mais forças para seguir trabalhando.

Quando terminamos a casa as crianças fizeram a maior festa do mundo com as bexigas que colocamos lá, com os pirulitos e tudo. Estavam muito felizes, junto com os demais integrantes da família. Nunca vou esquecer da história de superação do Sr. Rafael e do amor que ele demonstrava pela família. Foram duas histórias de duas famílias que me marcaram muito e ficarão guardadas na minha memória pelo resto da vida.

Terminadas as casas, me bateu uma tristeza muito forte. O que eu mais temia havia acontecido: acabou. Lembrei de tudo, desde o momento em que decidi ir ao Paraguay construir, até quando cheguei lá, das noites de interação junto com paraguayos, argentinos, alemães...E que noites eram aquelas! Ríamos, cantavamos, conversavamos, dançavamos...Era uma festa que começava todas as noites e que ninguém ficava de fora. Percebi que não haviam fronteiras linguísticas quando todos se reunem para fazer o bem.

Depois de tudo, voltamos para Asuncion e no dia seguinte passeamos pela cidade junto com a Nadia que foi MUITO paciente e nos explicou tudo, nos levou a vários lugares diferentes. Mudei a imagem que eu tinha do Paraguay e devo dizer que criei uma paixão platônica pelo país. A noite, encontrei a Mai, o Marcos e um outro J.E em uma lomiteria e depois fomos pra uma sorveteria aproveitar nossas últimas horas ali. Novamente senti vontade de chorar porque tudo estava acabando, mas não o fiz. Fiquei até duas horas da manhã jogando kung fu panda em um dos momentos mais divertidos de toda a viagem. Pela manhã nos despedimos.

Chovia. Parecia que eram minhas lágrimas que tanto segurei que finalmente estavam caindo do céu. Agora, quando recordo toda a experiência me sinto abençoado por ter tido a oportunidade de vivência-la. Foram os 5 dias mais intensos da minha vida, voltei de lá acreditando mais em mim, com mais coragem para encarar os desafios que vem pela frente e com uma certeza que eu já suspeitava: independente de onde nascemos e o idioma que falamos, somos todos latinoamericanos e todos temos algo em comum. Sou muito grato por tudo que vivi e por todas as pessoas que conheci. Todas, todas elas ficarão guardadas na minha memória e, logo, logo, logo vamos nos encontrar de novo. Muito obrigado por tudo e até julho, amigos.


Pasé por tantos caminos
Y miré tantas calles, tanta gente
Tuvé miedo, pero siempre
Siempre tuvo nuevas esperanzas todos los dias
Me cansé, pensé en llorar
Pero no hizo
Una sonrisa, la mas sincera del mundo
Pasó por mi rostro
Después, me di cuenta de una cosa
Me di cuenta de que la magia no se termina cuando las luces se apagan
Porque lo que hacen las luces es dormir
Para vólver a nos alumbrar mas fuerte despúes


http://www.youtube.com/watch?v=ImKODXtNK4g


terça-feira, 3 de abril de 2012

A maior coisa que eu já fiz na minha vida

Ainda que eu apague esse post depois, preciso expressar aqui o que estou sentindo nesse momento. Daqui há algumas horas estarei dentro de um ônibus rumo a Assunção, Paraguay. E não é para fazer compras, é para passar 4 dias junto com outros voluntários construindo casas emergênciais.
Estou tão ansioso, com tantas expectativas...Estou com medo, com euforia, com VÁRIAS coisas. E todas elas ao mesmo tempo. Mas o sentimento que predomina em mim nesse momento é a felicidade. Acredito que nunca fiz algo tão grande em toda a minha vida e, agradeço ao destino, aos céus ou a sei-lá-o-que por ter colocado isso em meu caminho.
Espero voltar de lá diferente do que estou indo. Espero aprender, absorver, crescer..Espero voltar de lá sendo o mesmo, mas com o melhor do mesmo, o melhor de mim.

Que seja doce.

domingo, 1 de abril de 2012

Desafiando inquietações

Busquei novos oceanos, procurei por novos planetas. Descobri novas ruas no mapa, mas perdi o caminho tantas vezes e no final não cheguei a lugar algum. Fiz de tudo. Olhei para o céu tantas vezes tentando descobrir a hora certa, mas a realidade é que não descobri nada, a dúvida, as milhões de dúvidas continuavam permeando minha cabeça. Pensei, pensei tantas vezes em desistir que perdi a conta de quantas vezes o fracasso estendeu seus braços para mim e o maior desafio era continuar persistindo.

Fui até um rio e estava tão maluco e desnorteado que passei um dia inteiro tentando adivinhar quantos litros d'agua haviam ali. Pra que? Eu não sei...E acho que não vou saber nunca. A dúvida, a indecisão e tantas outras coisas que não são certas permanecem e, sem querer parecer exagerado ou até mesmo dramático; permanecerão para sempre. É um desafio que eu já perdi.

Outros absurdos foram feitos, ou melhor dizendo: tentei fazer outras coisas absurdas. Mas fracassei. Não porque tive medo, ou porque não desejava aquilo de verdade. Fracassei porque estava cansado. Quando me dei conta disso, pensei que havia chegado ao meu limite, porque pra mim, é assim, o limite de um homem é o cansaço, a desilusão. E não aquele cansaço, ou desilusão passageira, aquele cansaço e desilusão que não saem da sua cabeça, mesmo enquanto dormes e sonhas.

Não parei. Ainda queria fazer tantas coisas absurdas e minha mente não parava de pensar nelas um segundo sequer, era uma busca interna que eu não sabia quando terminaria. Enquanto pensava nos absurdos todos, percebi que eu não estava cansado, de fato. Eu só precisava exatamente daquilo que estava procurando: novos absurdos para serem colocados em prática.