sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Cultivo

 Nossos desejos podem deixar de ser utopia para se converterem em realidade, basta que a gente acredite e deposite  muita fé neles. Nossos sonhos saltam diante dos nossos olhos não como num passe de mágica, mas como a colheita de algo que plantamos. 
Que nessa vida a gente cruze apenas com pessoas boas, capazes de transformar o ambiente em que estamos vivendo num lugar de felicidade. Que a gente não tenha medo de não ser aceito porque a nossa  verdade reluz e todos a enxergam através de olhos sinceros. Que possamos transparecer quem somos nos detalhes, nas conversas, nos sorrisos...Ou simplesmente no olhar.
Se o mundo se fechar, nós abriremos as cortinas  e deixaremos a luz entrar. Não deixaremos que nada tire nossa tranquilidade e nossa paz interior. E, mais cedo ou mais tarde alcançaremos a plenitude.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Graças a você

Talvez você não saiba, mas você me ajudou muito em tão pouco tempo que eu preciso escrever isso como forma de eternizar - e exteriorizar - essa gratidão. Graças a você eu voltei a enxergar o mundo com todas as suas formas, cores e pessoas. Porque antes de você meu mundo se resumia a apenas um alguém e talvez você não saiba, mas graças a você eu voltei a enxergar quase tudo: pessoas indo, vindo em todas as direções possíveis e consegui enxergar beleza nelas.

Graças a você eu percebi que amores não são únicos e que pessoas não são eternas. Graças a você eu consegui dizer adeus a uma história que me prendia ao nada e me levava para lugar nenhum, uma história que já deveria ter ficado na memória, mas faltava você aparecer pra eu perceber isso. Talvez você não saiba, mas por sua causa eu consegui ir embora de um sentimento que me fazia mal e consegui renascer para o mundo.

Talvez você não saiba, mas quando eu meus olhos miraram em você tudo ganhou vida: os móveis, o computador, até mesmo as paredes. E o céu nublado ganhou luz. Graças a você e ao que você provocou em mim eu consigo seguir em frente sem arrependimentos e, graças a você aquilo que era feio em mim se tornou belo porque naquele momento você me aceitou do jeito que eu sou e me convidou para fazer parte do seu mundo.

Graças a você eu não me sinto mais culpado por não ter perdido minha essência e, pela primeira vez em muito tempo eu me senti feliz por ser quem era. Talvez você não saiba, mas no pouco tempo em que estive contigo eu renasci para o mundo e principalmente: eu renasci para mim e deixei ir embora de vez uma parte que começara a me envergonhar porque ela não representava quem eu sou de verdade.

Talvez você não saiba e, na verdade não precisa saber...Mas você me fez um bem danado e ainda que nossos caminhos não se cruzem outra vez, eu vou guardar pra sempre o que você fez por mim. E te levar na memória, na saudade como uma lembrança boa de algo que eu não quero esquecer nunca.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Trilha em busca do destino desconhecido

Deixei de seguir passos imaginários e tropeçar em buracos inventados por crises desnecessárias de infelicidade. Dei início a todas as lutas que o destino colocou no meu caminho e percebi que precisava ser mais se quisesse vencer, ainda que isso me custasse tempo, ainda que isso me custasse uma vida eterna de treinamentos em campos onde as estrelas não chegam. Precisei cair, errar, ser pisoteado: precisei provar o gosto da derrota pra saber que a vitória é a única coisa que interessa.

Burlei todos os contratempos e mergulhei na minha própria coragem porque apenas a minha força não bastava. Corri o mais rápido que pude, mesmo que minha visão ficasse distorcida e eu não enxergasse nada que estivesse no caminho. O que importava de verdade era a chegada. Quando me cansei e pensei em parar, gotas de inquietação cairam sobre meu rosto e me empurraram pra um lugar que eu chamo de destino.

Não sei se adotei a estratégia correta, também não sei se existe uma. Simplesmente vesti uma armadura e coloquei na minha mente que estava indo para uma guerra com o objetivo de vence-la. Os buracos, os desvios e o cansaço passariam despercebidos diante de toda a coragem e vontade de tocar em algo que eu só conheceria quando chegasse no meu destino. Poderia ser bom ou ruim, também poderia não ser nada... Mas um impulso me dizia para ir.

Não olhei para trás quando a trajetória terminou. Queria saber o que estava por vir depois da caminhada, da luta, do começo de algo novo que estava nascendo. Quando uma trajetória termina, outras várias surgem a partir dela e foi nessas que eu mirei. Apontei pro futuro, pra felicidade! E segui.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Tangível

Não importa o tamanho da distância, nem quantas hora serão necessárias para chegar lá. Não importa o tamanho do sonho, nem o quão impossível pareça concretiza-lo. Também não existe fracasso em tentativas que não deram certo, o aprendizado é maior que qualquer decepção. O que nos leva a caminhar é o mesmo que faz o nosso coração pulsar, é o mesmo que alimenta nossa inquietação. Não se trata de estar descontente com o presente, se trata de querer voar além.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

As romãs

Duras romãs entreabertas
Pelo excesso dos grãos de ouro,
Eu vejo reis, todo um tesouro
Nascer de suas descobertas!
Se os sóis de onde ressurgis,
Ó romãs de entrevista tez,
Vos fazem, prenhes de altivez,
Romper os claustros de rubis,
E se o ouro sece cede enfim
Ante a demanda ainda mais dura
E explode em gemas de carmim,
Essa luminosa ruptura
Faz sonhar uma alma que há em mim
De sua secreta arquitetura.

 
(Paul Valéry)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Carta para A.

Amontoei todas aquelas coisas velhas que estavam jogadas em um canto qualquer porque eu precisava ter no meu campo de visão algo concreto. E me senti  invisível, A. Senti vontade de chorar, de fazer uma faxina mental, de apagar tudo e recomeçar do zero...Mas essa vontade era maior que minha força nesse momento e minha mente não consegue carrega-la. Deixei de lado e tentei partir pra outro caminho, mas não consigo, A.

Continuo me sentindo invisível. Queria escrever pra você e falar que tenho motivações, desejos, curiosidades, mas se te escrevo hoje é pra falar que a única coisa que restou aqui é a solidão, A. Os dias são cada vez mais difíceis, mas essa dificuldade é causada por fatores internos. É a minha sensação de invisibilidade que me mata todos os dias, A. Ninguém me enxerga como eu gostaria de ser enxergado, na verdade, ninguém me enxerga de forma alguma.

Andei pensando em soluções pra essa situação. Pensei em malhar, fazer o mesmo trajeto de forma diferente, praticar yoga...Pensei em tudo. Pensei até em ser feliz. Mas essa coisa de ser feliz só funciona quando nos enxergamos, quando reconhecemos quem nós somos. E como eu já te disse aqui, me sinto invisível. Nenhuma atitude que eu tomar nesse momento trará algum resultado. Talvez traga a tal da felicidade instantânea, mas eu quero mais que isso, A...Eu quero a felicidade plena.

Eu acho que nunca cheguei a comentar essas coisas com você e provavelmente você nunca percebeu nada porque eu sou bom nisso de disfarçar emoções, A. Acho que fui treinado pra isso a vida inteira, sabe? Treinado porque eu nunca suportei carregar todas as dores do mundo, então o mundo me obrigou a lidar com elas de alguma forma.

Hoje eu abri alguns cadernos e encontrei vários poemas, textos e frases repletas de otimismo. E tudo era de minha autoria, A. Como pode a gente se sentir tão invisível, tão perdido e tão sozinho e ainda assim escrever sobre a lua, sobre o amor...Escrever sobre o que não conseguimos sentir? Agora me sinto imerso a essa eternidade de confusões que não me levam a lugar algum. Eu não quero mais me sentir assim, A. Preciso dar um jeito nisso. Sempre tive medo de virar um robô e você sabe disso. Por isso, eu tenho um pedido pra você, A. Na verdade, são dois. Presta atenção, pega uma caneta e anota, pode ser em qualquer lugar...Mas de preferência em um lugar que tenha verdade, combinado? Eu quero te pedir pra sempre, ao meio dia, você olhe para o Sol e pense em mim. E a noite, não importa exatamente o horário, mas sabe quando você olha pra Lua e pensa no quão linda ela está? Então! Quando você olhar pra Lua e pensar isso, pensa em mim também.

Por enquanto, consigo seguir. Estou vivo, A. Mas preciso de uma força, de um empurrão desses que tiram a gente da nossa zona de conforto, desses que devolve a nossa cor e a nossa coragem. Eu tenho certeza que você irá me ajudar e eu vou conseguir me ajudar.

Toda gratidão do mundo,

(   )

domingo, 19 de maio de 2013

Olhar para outro lado

Existem momentos da vida em que você sabe que precisa livrar-se de algumas coisas para ter outras coisas novas. Seja livrar-se porque essas coisas já não te acrescentam em nada, ou livrar-se simplesmente porque você está cansado de uma situação que chegou ao seu limite e, dali você sabe que não conseguirá extrair mais nada. Parece ser simples, mas não é. Livrar-se das coisas antigas exige desapego, coragem...Livrar-se das coisas antigas exige que você aceite matar uma parte de si para deixar uma nova parte nascer.

A princípio parece ser muito mais cômodo viver imerso a situações em que temos total controle, conversar com pessoas que (acreditamos) saber lidar e andar por terras já mapeadas. Mas qual é o ponto disso tudo? Viver dessa forma é estacionar a si no tempo e não permitir que outros pontos e visões e opiniões cheguem em nós.

E porque não pensar no tédio como justificativa pra essa mudança? Sim, se nós não saímos do nosso lugar, se não nos se permitimos sentir outras coisas e conhecer outros lados de nós mesmos que estavam em repouso (ou esperando para nascer), nossa vida perde toda a chama e o que resta são faíscas de momentos em que até pensamos, mas não fizemos a mudança.

Não se trata de esquecer das raízes, das memórias e dos sonhos antigos. Trata-se de permitir que o novo tenha espaço dentro das nossas vidas, de reconhecer que algumas coisas não mudam e, se isso nos causa qualquer tipo de sofrimento e atrapalha nossa vida, passou da hora de deixa-las para trás e surgir. Surgir com outras ideias, outras pessoas, outros sonhos...Surgir como uma outra pessoa que cansou de procrastinar a própria felicidade e finalmente decidiu seguir o novo fluxo da própria vida.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Constatação

Depois de tanto tempo eu finalmente consegui aceitar minha derrota. Não foi antes, agora também não é. E o futuro reserva o mesmo, eu sei disso. Persisti num caminho guiado apenas pelos meus sentimentos e emoções e foi difícil reconhecer que eu já entrei nessa batalha derrotado, mas a realidade é essa. Ninguém muda ninguém, ninguém muda por ninguém...As pessoas simplesmente mudam.

Mas disso tudo eu saio com o corpo leve e a mente tranquila. Entreguei o melhor de mim e deixei você ver o pior porque precisava de sua ajuda. Entreguei meu tempo e permiti que você guiasse todos os meus passos. Entreguei todo o sentimento que havia dentro de mim pra você, sem pensar. E não há arrependimento. Fui derrotado não por você, mas fui derrotado por essa avalanche de emoções que eu sinto cada vez que penso em você.

Não sei o que levar disso tudo pro meu futuro, ainda que a primeira vista a sensação mental seja de cansaço e desilusão. Mas dessa vez eu não serei dramático ao extremo, nem nada disso. Dessa vez é claro que eu fico triste, mas guardo comigo o que há de bom nesse sentimento. Guardo minha entrega, minha felicidade, guardo a coragem que eu tive de ir contra todas as opiniões contrárias e me deixar viver algo que eu nunca duvidei que, ao menos da minha parte fosse verdade.

É verdade que não te esqueci e acredito que não vou esquecer nunca...Mas agora eu me lembro de você sem arrependimentos. Eu sei o que fiz, só eu sei o quanto me fiz pra que você soubesse que sempre estive aqui. E talvez não tenha sido o suficiente, talvez não tenha sido recíproco. Mas não importa mais.
 Hoje, posso caminhar por aí com a certeza de que eu vivi exatamente o que achava que deveria viver, independentemente da sua resposta.

Te levo! Te levo nas lembranças mais verdadeiras dos momentos mais felizes que eu já vivenciei ao lado de outra pessoa. Te agradeço! E levanto a cabeça pra seguir em frente, sempre com um pedaço, um resquício de você em mim.

domingo, 5 de maio de 2013

Perfusões insaciáveis

"Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia"


Depois de tantos questionamentos, andanças, paranoias e dúvidas, acho que finalmente cheguei em algum lugar. Não sei ao certo se cheguei a conclusão que estava imaginando, mas afirmo que cheguei em algum lugar. Tenho certeza que essa foi apenas a primeira parada, de muitas que virão. A caminhada não termina quando chegamos ao nosso destino, na verdade ela nunca termina. Ela recomeça cada vez que o aprendizado chega até nós. E a sede de mais aprendizado nos faz colocar os pés outra vez na estrada e caminhar e caminhar pra...Sempre.

Acredito que não existe uma parada definitiva. O que acredito é que cada parada é necessária para que migremos rumo a novas empreitadas, rumo a novas descobertas e visões distintas do que até então era óbvio para olhos acomodados. Trata-se de um descontentamento que não nos leva ao abismo, ao contrário: um descontentamento que faz emergir o que há de mais arrebatador em nós mesmos. Algo que ainda não sabemos o que é, mas iremos busca-lo.

Talvez exista uma forma correta de fazer toda essa busca e percorrer todos os caminhos, mas o mais importante é o que se deve levar. Uma bagagem muito pesada tira nossa visão e nos carrega de ideias predeterminadas e até mesmo preconceitos. Abandonaremos tudo! Levaremos conosco nossa liberdade, nosso desapego e curiosidade, mas principalmente: levaremos conosco nossa inquietude.



 

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Detalhes guardados

Então eu decidi buscar beleza em lugares que até então eu não havia visto nada de belo. Caso não encontre beleza alguma nesses lugares, minha imaginação irá encontrar. Irei construir, descontruir, remendar, fazer o que for preciso, mas encontrarei beleza.
Darei dez milhões de passos e mais outros dez milhões até que eu me satisfaça. Não há cansaço em busca alguma: há aprendizado. E a beleza vem acompanhada dele! 
Inventarei motivos, criarei desculpas, farei de tudo para me mover. Recomeçarei apenas pelo prazer de olhar tudo de novo e, se preciso, refarei o trajeto de outra forma. Não deixarei passar nada e guardarei tudo. A imaginação será encarregada de aprimorar o que, a primeira vista não tenha sido belo para meus olhos.
Não vou parar. Não vou parar até que meus olhos não suportem mais tamanhas maravilhas e minha imaginação precise de repouso. E farei o mesmo nos próximos caminhos, farei dessa busca um ciclo contínuo, farei dessa busca por beleza uma missão de vida.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mais perto do que se imagina

Cada vez mais vejo teorias sobre a felicidade e sobre onde ela pode estar escondida. Alguns dizem que a felicidade está no trabalho, outros dizem que a felicidade está em um relacionamento, outros dizem que a felicidade está no dinheiro e há quem diga que a felicidade está dentro de nós mesmos. E são nesses que eu acredito.

Geralmente a busca por essa tal felicidade é externa; buscamos no mundo motivos para sermos felizes. Mas isso não deve ser uma regra. Somos felizes hoje porque o trânsito está bom, somos felizes hoje porque nosso time ganhou um campeonato, somos felizes hoje porque estamos em um relacionamento que está dando certo, mas será que em algum momento nós já pensamos que somos felizes simplesmente por sermos quem somos?

Li em um blog que gosto muito, o "Acasos afortunados" que "homem é homem e filho da puta é filho da puta". Concordo. Não adianta nada se estressar, se questionar, desistir do mundo, desistir das pessoas. O mais importante é olhar pra dentro de nós. Somos homens ou somos filhos da puta? Todo mundo sabe bem o que é. Se você é homem, orgulhe-se! Provavelmente encontrou a felicidade.

Porque é aí que ela está, eu acho. A felicidade se encontra nas atitudes que nós tomamos diariamente, nas coisas que acreditamos e naquilo que queremos nos tornar, no orgulho que nós temos de ser quem somos. Se todos os dias nós pegarmos o mesmo caminho que nos leva ao abismo, é no abismo que nós terminaremos. Mas se não fizermos isso, se dermos o nosso melhor para o mundo, se a nossa parte for feita independente da atitude do outro (quem disse que nossa atitude precisa depender da atitude de outra pessoa?), alcançaremos a plenitude.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Correndo e correndo de novo

É estranho como o início de um novo ano pode nos trazer a sensação de coisas novas, ainda que, aparentemente, tudo continue do mesmo jeito. Não mudamos de cidade, não mudamos a cor do nosso quarto, não mudamos nem mesmo o trajeto...Talvez o que tenhamos mudado seja a atitude e a forma como passamos a enxergar o mundo.

Doar-se ao outro é um gesto louvável e faze-lo também nos faz bem, mas tudo deve ser dosado. Antes de doar-se ao outro, é necessário cuidar de si, até mesmo para não transmitir coisas ruins a outras pessoas. Ser egoísta de vez em quando também não é pecado; precisamos, antes de tudo, olhar para nós mesmos e assim florescer para os outros, mais belo ainda.

Em 2012 eu fiz muitas coisas que gostaria de ter feito e acabei não fazendo outras, mas o saldo do ano que passou foi positivo. Conheci muita gente, amadureci, aprendi, mas não cumpri minha meta porque esqueci de olhar pra mim e passei a olhar apenas para a felicidade que eu sentia ao fazer coisas para outras pessoas. Não me arrependo disso e sei que esse ano foi importante, mas reconheço que nem todos os anos podem ser assim.

Se esse novo ano que nasceu me trouxe uma coisa nova, com certeza é a atitude. Não se trata de um narcisismo, se trata de ter clareza (aquela clareza que eu tanto pedi...) para colocar em primeiro lugar o que eu quero para o futuro e o que eu preciso fazer no presente, para conquistar. Agora eu consigo enxergar isso e acho que tenho alguma ideia de como faze-lo. Não sei qual será o resultado, mas sei que haverá a tranquilidade. Eu vou correr atrás de mim.


Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo (...)

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente