domingo, 5 de maio de 2013

Perfusões insaciáveis

"Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia"


Depois de tantos questionamentos, andanças, paranoias e dúvidas, acho que finalmente cheguei em algum lugar. Não sei ao certo se cheguei a conclusão que estava imaginando, mas afirmo que cheguei em algum lugar. Tenho certeza que essa foi apenas a primeira parada, de muitas que virão. A caminhada não termina quando chegamos ao nosso destino, na verdade ela nunca termina. Ela recomeça cada vez que o aprendizado chega até nós. E a sede de mais aprendizado nos faz colocar os pés outra vez na estrada e caminhar e caminhar pra...Sempre.

Acredito que não existe uma parada definitiva. O que acredito é que cada parada é necessária para que migremos rumo a novas empreitadas, rumo a novas descobertas e visões distintas do que até então era óbvio para olhos acomodados. Trata-se de um descontentamento que não nos leva ao abismo, ao contrário: um descontentamento que faz emergir o que há de mais arrebatador em nós mesmos. Algo que ainda não sabemos o que é, mas iremos busca-lo.

Talvez exista uma forma correta de fazer toda essa busca e percorrer todos os caminhos, mas o mais importante é o que se deve levar. Uma bagagem muito pesada tira nossa visão e nos carrega de ideias predeterminadas e até mesmo preconceitos. Abandonaremos tudo! Levaremos conosco nossa liberdade, nosso desapego e curiosidade, mas principalmente: levaremos conosco nossa inquietude.



 

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