terça-feira, 31 de maio de 2011

Manifestações ininterruptas

Enquanto respiro, enquanto suspiro e enquanto pisco meus olhos o tempo passa. Passa pra lá, pra cá, mas sempre passa pra frente porque existe um mecanismo imaginário que não permite que ele; o tempo, volte. E se voltasse, provavelmente não dariamos tanto valor para o nosso presente e para as coisas boas que acontecem no nosso dia-dia.
O tempo, gente. O tempo! Me angústia, me aprisiona porque ele é o detentor de todas as coisas. Tempo pra isso, tempo para aquilo, tempo para...Tempo para amar, sempre. Através daquele mecanismo imaginário encontramos desdobramentos e nos encaixamos ali para amarmos enquanto há tempo, aliás, sempre há tempo para amar, para fazer alguém sorrir, para se doar para alguém. O tempo também nos permite isso.
"Maldita hora que não passa!" frase recorrente do meu dia-dia e repleta de egoísmo, porque ao mesmo tempo em que eu posso não estar em uma situação boa, para outras pessoas aquele mesmo tempo está sendo lindo e para ela, o tempo poderia parar naquele exato instante. Mas ele não para.
Não para em momentos bons e não para em momentos ruins, simplesmente não para. E o que fica é o aprendizado, porque a cada minuto, a cada segundo, aprendemos, sim. Através do momento em que o tempo está bom, através do momento em que o tempo está ruim, mas aprendemos. E também aprendemos a valorizar o protagonista disso tudo: o tempo.
Que hoje, que amanhã e depois seja tempo para dizer o quão amamos alguém e o quão importante essa pessoa é para nós(sem aquele medo de parecer idiota, porque não tem nada de idiota em manifestar nosso amor por alguém), que seja tempo de dar aquele abraço nas pessoas que não podem faltar na nossa vida. Que hoje, que amanhã e depois seja tempo para persistir e acreditar que o tempo passa e isso significa que o futuro será bom, que aprenderemos. Que hoje, que amanhã e depois seja tempo de fazer aquilo que faz nosso coração acelerar e transbordar de motivação, que seja tempo de irrelevar às banalidades da vida. Que hoje, amanhã e depois seja tempo de escutar aquela música que nos enche de gás para enfrentarmos a vida, que seja tempo de re-ler aquele livro que parece que foi escrito para nós.
Que hoje, amanhã e depois seja tempo de sermos nós mesmos, que seja tempo de pessoas boas ao nosso redor e que também seja o tempo para nós mesmos. O nosso tempo.
Que hoje, amanhã e depois seja tempo de felicidade, boas perspectivas e milhões, milhões de sorrisos, abraços e girassóis desabrochados.


Ao som de:


sábado, 28 de maio de 2011

Renunciando aos meios

Não quero. Não quero coisas pela metade. Não quero meia-felicidade, não quero meio-sorrisos, meias-amizades e não quero meio-amores. Não quero, não quero, não quero e não terei. Escolhi que na minha vida não quero ter nada pela metade, que não seja inteiramente meu e para mim.
E isso está longe de ser egoísmo, mas acontece que as coisas só valem a pena de serem vividas se estão inteiras, ainda que com tropeços e inquietações, o mais importante é que elas estejam inteiras, verdadeiras e abertas para nós, abertas para mim, porque eu mereço.
Recuso aceitar mais migalhas e talvez seja por isso que eu sofro tanto com algumas relações que tenho. Porque espero que a minha importância para o outro seja tão grande quanto a importância do outro é pra mim, e isso é muito difícil. Difícil porque não sou único na vida de ninguém. E nem quero ser, mas o que quero é ter um quarto só meu no coração e na vida de alguém. Um quarto grande, com janelas, um quarto que seja bem-cuidado todos os dias e um quarto que seja um espaço integrado ao resto da casa.
Quero ser um ponto de paz pra alguém, quero não todos, mas quero ao menos um sorriso que seja só para mim, seguindo buscando isso incansávelmente, e aí me dou conta de que eu tenho isso, sim. Mas precisa ser inteiro, repito. Precisa ser inteiro e não pode ser meio, eu não me contento com nada que seja incompleto, pela metade, ou falso.
Se esse for o tipo de relação que alguém tiver para me oferecer, eu recuso(e isso não é indireta pra ninguém). Recuso porque me recuso a sofrer por pessoas que dariam meio passo pra mim, mas não dariam o passo inteiro. O problema é que vezenquando dá uma, duas, três vontades de dar aquele empurrãozinho na pessoa, fazer ela dar o passo porque no fundo você ainda aposta naquela meia relação, sabe? Mas o tempo passa e ele ensina que a gente não pode obrigar ninguém a nada. Se ele(a) quiser dar o passo inteiro, ele dará porque é capaz de fazer isso se quiser, apenas se quiser. Mas do contrário, ficará apenas na metade e cabe a você escolher se aceita, ou não esse meio passo. Eu não aceito mais.
Por diversas vezes acho que deveria pensar menos, lembrar menos, ver menos, racionalizar menos, pois se eu conseguisse, minha vida seria muito mais fácil. Mas da mesma forma que não sou pessoa de "meios", também acho que não sou pessoa de "menos".
Sou de "mais" e de "inteiros", que se entrelaçam e formam aquilo que chamamos de amor-próprio. Não que eu me baste sozinho, mas pra alguém andar ao meu lado é necessário que essa pessoa ande de mãos dadas comigo. Que atravesse as ruas e avenidas junto, que desvie dos obstáculos, que tenha uma inteira disposição pra caminhar na vida de cada um. E quero tanto mais pessoas assim comigo. E procuro. E encontro. E desencontro porque pensei de "mais", e nem sei pra quê.
Pode ser que desencontrei porque o que eu havia encontrado era um "meio" camuflado e meu corpo logo sentiu isso e tratou de se afastar aos poucos, para que não doesse tanto. Mas está, mas vai passar, também.
Por isso e por mim que escolho ter apenas coisas inteiras na minha vida. Para que meu prédio não desabe toda vez que um terremoto acontecer.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A menina dos meus dias

Olha só, eu não saberia dizer muita coisa se não sentisse muita coisa. Bobo, eu sei, mas é verdade. Verdade também que não quero falar de mim, quero falar de você. É, você que tem me acompanhado durante esse tempo todo e não me deixa sucumbir. Você, que em apenas alguns segundos consegue despertar coisas tão bonitas em mim e você que não me deixa.
É, acabei falando indiretamente sobre mim, mas deixo disso e volto pra falar sobre você, que é forte e você que é tão esplendorosa. Esplendorosa, isso, é isso que você é, porque seria pouco dizer que é fofa, sorridente, ou animada. Não, não, nada disso. Você é esplendorosa.
Já se passou aquele tempo em que o receio predominava boa parte da nossa amizade. Receio porque você é tão inteligente, tão culta, tão. E eu sou bobinho, meio lento, com alguns problemas psicológicos e. Mas não existem mais receios porque ainda que você continue sendo inteligente, culta e esplendorosa(não esquece) eu comecei a te ver de igual-pra-igual, entende? Como se não existissem barreiras a serem enfrentadas. Ou melhor, existem, porque se não existissem tudo seria chato, morno, tudo seria uma monotonia só e, definitivamente, nós não somos pessoas monótonas. Podemos ser qualquer coisa, menos monótonos.
Acho que essas barreiras que eu disse e que existem são barreiras - por favor, não ria - do além. Porque elas aparecem e minutos depois desaparecem como mágica. É complicado, mas se não fosse, seria monótono e...Lembra?
Essas palavras estão ficando perdidas, mas na realidade, o que eu queria te dizer é que não haverá nada. Não haverá distância, não haverão doenças, não haverá falta-de-alguma-coisa, não haverá o futuro que poderá qualquer coisa e não haverá um falso destino. Não haverá nem mesmo a morte e menos ainda a solidão, que seja capaz de tirar tudo isso que construimos diariamente, porque você pode não saber, mas cresce dentro de mim todos os dias e céus, o que eu poder fazer por você, eu farei.
É isso, não distorça, não faça nada. Ou melhor, faça: sorria e sorria bastante, porque assim iluminas e cresces e nada se perde.



"Dançarás - disse o anjo
Dançarás com teus sapatos vermelhos
Dançarás de porta em porta
Dançarás, dançarás sempre."



domingo, 15 de maio de 2011

Ao encontrar o facho de luz

Sabe quando você faz algo que te faz pensar que sua vida não é tão chata quanto você costuma pensar algumas vezes? Sabe quando aquele sentimento de orgulho transborda do seu corpo e você anda mais rápido, fala mais alto e mais rápido, sabe quando aquela imensidão de coisas verdadeiras vai tomando conta de você? Quase uma epifania.
Eu sempre tive uma mania muito besta de me entristecer porque momentos bons estavam acabando(sofrendo por antecipação, as always) ou logo depois que esse momentos bons acabavam, pensava que agora eu teria que voltar pra vida real e fazer uma série de coisas que não gosto. Mas de uns tempos pra cá me dei conta de que...A vida real é essa. A vida real é essa de momentos bons, de momentos que compensam uma semana e muitas vezes um mês inteiro de coisas que não foram tão boas assim...
Poder olhar pra cada momento bom vivido e ter aquela sensação gostosa de que, aos trancos e barrancos você está vivendo e não apenas existindo. Vivendo de momentos reais, de momentos felizes que são os que ficam porque são exatamente esses momentos os verdadeiros. E só o que fica na gente que é de verdade. Os outros, os ruins eu faço questão de descarta-los, porque não aceito que meu coração de torne um depósito de mágoas, de raivas e de todas essas coisas ruins que nós sentimos quando algo não está tão bem. Eu d-e-s-ca-r-t-o. E muitas pessoas acham isso um absurdo, mas pra que guardar dentro de mim coisas que não são boas pra mim ?
Ok, vezenquando é inevitável não guardar nada, ou não pensar em nada de ruim enquanto você volta pra casa, ou em algum momento em que a mente esteja vázia, aí, inevitavelmente alguns pensamentos invadem sua cabeça. Pensamentos bons, pensamentos ruins, mas é nesse momento que devemos bater de frente com esses pensamentos ruins. É, brigar mesmo, expor nossas faces ÓTIMAS pra esse lado ruim, para que ele se sinta tão diminuido que não volte mais. E tem funcionado.
Não sei, pode ser que seja um processo de amadurecimento e que eu esteja cada vez mais irrelevando essas coisas ruins e relevando, elevando e enaltecendo cada momento e cada coisa boa que acontece comigo, até explodir e transbordar de felicidade, como aconteceu hoje. E "hoje" precisa ser a todo instante, "hoje" só acaba quando eu quero que acabe, porque minha mente vai longe e vai feliz. Meio sozinha, meio na dela, mas vai feliz.
Eu sinto sua falta, eu te espero todos os dias, mas eu vou vivendo. Pode não estar certo, pode doer, mas eu vou vivendo. Acostumei-me com as marcas que você deixou e tento conviver com elas da melhor maneira possível. Sem politicagem, com choros, com desesperos, com saudades imensas, mas você também está comigo quando não está e você também vai longe comigo porque eu preciso que você vá. E sigo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Esperanças, saudades, vontades.

Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei
Será que você ainda pensa em mim?
Será que você ainda pensa?




Eu vislumbrava tantas coisas com você. Vislumbrava nós juntos, longe, bem longe, entrelaçados, sorridentes, preguiçosos, com aqueles olhos cerrados por causa do sono e do frio que estaria fazendo lá fora. Eu vislumbrava vários abraços, vários poemas bobos e várias horas ao seu lado. Eu vislumbrava uma vida com você.
Vislumbrava-me contando o que aconteceu durante o meu dia e te vislumbrava interessado em cada palavra que eu dizia. Então você também me contava o seu e eu mostraria o mesmo interesse e ainda te faria algumas perguntas, tamanho esse interesse seria. E depois, quando ambos já soubessem o que se passou no dia do outro, eu perguntaria se você queria que eu fizesse algo pra você comer, ou se você iria dormir direto. Se você respondesse que iria dormir direto, eu diria algo como: "Mas você passou o dia fora de casa e precisa comer alguma coisa. Espera, eu faço em dois minutos e você já come." E se você respondesse que queria comer, eu perguntaria o que e, caso não tivesse, faria questão de ir comprar. E eu iria mesmo.
Vislumbrava um, dois, três, todos os finais de semana possíveis em que nós não saissemos de casa, ou melhor, só saissemos da cama pra comer(de pijamas, ainda por cima) e caso o telefone tocasse, o deixariamos tocar quantas vezes fosse, mas não o atenderiamos. Durante esse tempo em que estivessemos deitados, juntos, iriamos comentar coisas banais, como aquela vez em que você esqueceu de pagar uma conta e ficamos dois dias sem luz, ou quando eu cheguei aí na sua cidade e você riu do meu sotaque. Ou não diriamos nada e ficariamos quietos, apenas olhando um pro outro e eu pensaria: "Meu Deus, eu sou o garoto mais sortudo do mundo." E então dormiriamos novamente...
Vislumbrava nos dois aqui, nessa cidade complicada que eu tanto queria fugir, mostrando-te os lugares que frequentei durante minha infância e até alguns meses antes de me mudar pra Pasargadá e viver contigo. Enquanto eu te mostrava, você ria de mim outra vez porque eu falava da maioria deles com certa raiva e quase sem saudades, agradecendo por não precisar frequenta-los mais e agradecendo por você - ainda que não saiba - ter me tirado dali. E aí iriamos pra minha casa e minha família ficaria encantada com você e diria que eu não merecia tanto. Eu concordaria, você, não.
Vislumbrava o primeiro dia juntos, enfim, no mesmo lugar. Você também me apresentaria os lugares que frequentou e que frequenta e sempre teria algum conhecido, que você cumprimentaria e sorriria, eu sentiria um pouco de ciúmes, mas poxa, você é tão simpático e educado, eu não posso tirar isso de você.
Vislumbrava um mundo cheio de "nós" e com vários "você", porque eu me deixaria um pouco de lado pra cuidar de você, te fazer feliz e ao mesmo tempo isso me faria feliz, também. Porque eu não consigo vislumbrar problema nenhum que fosse maior do que eu sinto por você e porque a melhor coisa que eu tinha na minha vida, era você.
Eu vislumbrava uma, duas ou até mesmo três lágrimas caindo do meu rosto cada vez que nos despedissemos pela manhã e fossemos fazer nossas obrigações, e vislumbrava que antes que você saisse, eu te abraçaria tão, mas tão forte, como se fosse a última vez que estivessemos nos vendo. Te levantaria do chão e diria quantas vezes fosse preciso: "Eu amo você. Não esquece: eu amo você." Vislumbrava que logo depois dessa despedida, cerca de 10 ou 20 minutos eu te ligaria e perguntaria se você chegou bem no seu destino. Você acharia aquilo um exagero, mas meu coração se acalmaria por saber que sim, você chegou bem. Só não pense que isso é egoísmo...
Vislumbrava você brigando comigo porque eu não fui tão simpático no telefone com a minha mãe, e depois você falaria que eu preciso conversar com a sua, porque ela poderia me ajudar de alguma forma. Eu aceitaria, não só para te agradar, mas também porque sua mãe havia se tornado uma segunda mãe para mim desde que eu me afastei da minha.
Vislumbrava você acordando no meio da noite e me encontrando na mesa de vidro da cozinha, terminando algum trabalho pendente. Você diria que já é tarde e eu só voltaria pra cama porque seus olhos estariam vermelhos de sono e aquilo me comovia de uma forma inexplicável.


Como eu vislumbrava e como, de alguma forma meio maluca, me pego vislumbrando tudo isso e tantas outras vislumbrações com você. E por favor, não me ache ridículo, apenas saiba que durante esse tempo todo eu amei você e ainda amo.

domingo, 8 de maio de 2011

Do avesso

Voltando em busca de mim
encontrei-me diferente
quase desconhecida

(Porém a luz recolhida,
era minha alma de sempre).

Helena Kolody

sábado, 7 de maio de 2011

Ao lado de si

Eu tô por aí, eu tô correndo atrás de mim.


Sabe quando você conhece "aquela" pessoa e de imediato se encanta por ela e cada gesto, cada sorriso, cada palavra que ela diz se torna algo único pra você? Que qualquer coisa que ela diga soa como a melodia mais bonita que você já escutou e sua vontade é passar por todos os lugares que ela já passou, só pra se sentir mais próximo? Então.
Dependendo da situação, essa pessoa também se demonstra minimamente interessada por você, mas sua cabeça está tão, mas tão a frente dos fatos que você já vislumbra situações que nem sequer passam pela cabeça da outra pessoa. E o pior é que você vai construindo uma história de amor que só existe na sua cabeça e vai se alimentando cada vez mais dela, bebe daquela água como se fosse a única no mundo porque aquela pessoa é a única no seu mundo.
Mas como diz a música: "Aí então a euforia, um belo dia, vai passar." e talvez esse seja o momento mais difícil da história que você criou sozinho e alimentou sozinho, também. Encarar a realidade é difícil no início, voltar pra realidade sem "aquela" pessoa. E dói tanto saber que ela não está lá como você gostaria que estivesse, mas ela está, de alguma forma, ela faz parte da sua vida e você consegue se sentir feliz por isso. Bingo! Você está superando.
Acho que essas coisas que eu escrevi aí foram todas pra mim, pra me amar mais e lembrar sempre que se não foi com "aquela" pessoa, será com outra e quando isso acontecer não haverá dúvidas, medo, não haverá nada que me impeça de viver uma história bonita. É só ter os pés no chão, saber que não adianta começar coisas pela metade, elas precisam estar inteiras para se juntarem. E enquanto isso eu caminho sozinho, comigo, levando um pouco de fé, um pouco de saudade daquela fantasia que eu alimentei durante algum tempo, mas consciente de que quando tiver que ser, será.
Essa obsessão, essa vontade toda de ser feliz precisa ser primeiramente para com nós mesmos. Depois que formos bem, mas bem felizes sozinhos, podemos esperar que alguém entre no nosso barco e reme com a gente, mas antes que isso aconteça temos que ter a certeza de que podemos mover o barco sozinho. Provavelmente eu ainda não posso e é por isso mesmo que estou sozinho, me tornando mais feliz ainda e me preparando pra algo bom que uma hora ou outra irá acontecer.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

O dever de todas as coisas é ser uma felicidade

Incrível como em uma semana muitas coisas podem acontecer na nossa vida. Coisas boas, coisas ruins, coisas péssimas, coisas ótimas, mas nada de coisas medianas. Essa semana que passou foi uma dessas pra mim.
Sexta-feira passada tive a oportunidade de encontrar com alguém que eu considero como uma parte de mim mais amadurecida, mais forte, mais inteligente, mais...Mais tantas coisas bonitas que você é, irmão. E não é metáfora, eu encontrei e passei algumas horas em presença(porque ele sempre está comigo em pensamento) meu irmão, meu amigo e tive novamente a certeza de que nesse mundo, eu não estou sozinho. E você também não, irmão. Esse "obrigado" aqui, é pra você.
Dois dias depois fiz uma das coisas mais gratificantes da minha vida, que foi o trabalho voluntário em uma feira de adoção de animais. E a sensação que eu tive ao fazer isso não pode ser definida, pois ainda não há uma palavra que o faça, mas talvez minhas lágrimas de felicidade, meus sorrisos quase que constantes e minha alegria ao estar ali talvez definam. Esse "obrigado" aqui, vai pra vocês, animais e demais voluntários que me receberam tão bem.
Segunda-feira, a semana se inícia e você percebe que precisa voltar a sua rotina que talvez é tão aprisionadora que não permite voltas, caminhos aleatórios ou atalhos. Você precisa ir reto e no meio desse reto, procurar alegrias para que elas sejam diárias. E você o faz, você fica contente até quando alguém lhe chama para tomar café-da-manhã. E eu fiquei, fui ficando...
Eu não quero fazer desse post um diário, mas preciso contar algumas coisas da terça-feira, que foi do céu ao inferno e do inferno ao céu outra vez. Pela manhã tive uma, de muitas conversas fantásticas que tenho com uma amiga, e como foi confortante... No início da tarde tive uma discussão com uma das pessoas que eu mais amo nesse mundo, disse e escutei coisas feias, mas disse sem senti-las, ainda que eu saiba que uma vez que as coisas são ditas, você não pode voltar atrás e não dize-las, mas você pode se arrepender e todos tem esse direito. Eu estou usando-o.
O céu da minha terça-feira foi ter conhecido dois atores em um forúm de profissões que ocorreu no meu colégio. "Coragem, fazer teatro é um ato de coragem", e eles não poderiam ter definido de forma mais perfeita. Coragem essa que devemos levar pra vida, porque a arte é sim, a nossa vida e a arte está em todos os lugares, mesmo que nem todos enxergue-na, ela está. E essa conversa que esses dois atores tiveram com os alunos me fizeram acreditar que perfis iguais ao meu existem por aí, cheios de coragem, cheios de motivações, cheio de sonhos, cheios de arte. Acho que sonhos, arte e motivações eu tenho. O que me falta é mais coragem, mas ei, eu terei tempo pra absorver essa coragem que eles tanto falaram, tenho certeza disso.
Quarta-feira não aconteceu nada de muito relevante, mas a quinta-feira foi um dia que eu deveria apagar da minha vida. Fui assaltado, fui mal-tratado por funcionários públicos do Metrô de São Paulo, fui esquecido pelo mundo durante uma hora, mais ou menos. Mas essa uma hora passou, passou mesmo. Eu chorei, me senti humilhado, questionei se viver valia mesmo a pena, e quer saber a conclusão que eu tiro disso? Viver vale a pena, SIM.
Porque vivemos pelas coisas boas da vida, vivemos pelas pessoas que amamos, vivemos pelas coisas que acreditamos, vivemos pela felicidade que buscamos diariamente, e é por isso que eu continuo e continuarei vivendo. Eu tenho muitos sonhos, tenho algumas metas, mas tenho mais sonhos, e são esses sonhos que me fazem abrir os olhos todos os dias e ir para a vida. Sonho de ser feliz, sonho de ser cada dia melhor para as pessoas que eu amo, sonho de ajudar mais, de fazer mais, de sorrir mais. É como aquele texto do Caio Fernando, em que ele diz que não quer muito, mas quer MAIS. E eu quero, também.
E eu penso, digo e repito quantas vezes for preciso: nesse mundo não existe sentimento maior que o amor. Amor por tudo, não importa, se é amor, é válido e ponto. E também digo com toda a certeza que eu tenho: cuidado com os sobreviventes, pois eles estão por aí, sedentos pela felicidade, sedentos pelas coisas boas que realmente importam e nos fazem feliz nessa vida.


Pra sorrir: