quarta-feira, 10 de agosto de 2011

E assim, saltar

Eu vejo o mundo desabar na minha frente. Eu vejo o sorriso se perder constantemente e eu não vejo esperança alguma ser renovada. Eu não mantenho perspectivas boas e não acredito nem mesmo no futuro. Acho que desilusão com a vida é algo que me sufoca diariamente. Acreditar que o dia de amanhã será bom pra quê, quando você sabe que ele não será?

Escutei um estalo e pensei que se tratasse de uma mudança, mas o estalo não passou de um simples estalo e tudo continuou absolutamente igual. A dor, embora crescesse continuamente, permanecia lá. A poeira e os odores também permeneciam. Tudo exatamente igual e, agora, mais do que nunca eu me sinto incapaz de mudar ou transformar qualquer coisa.

Meus olhos estão vázios de lágrimas porque das duas, uma: ou já chorei tudo o que poderia chorar, ou já não acredito nem mesmo na tristeza. Acho que eu não cheguei a aprender o jeito certo de fazer algumas coisas, de sentir outras coisas e acho também que não terei tempo para esse aprendizado. A vida me consome todos os dias de uma forma malígna.

Não há como correr e não há como pegar atalhos. O percurso é exatamente esse, cabe a mim a decisão de entrar nele ou permanecer do lado de fora, só que para sempre. E seria uma escolha definitiva.

2 comentários:

  1. Gostei dos teus escritos Rafael!
    Vou seguir teu blog!

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  2. Poxa, obrigado, Merlaine. Fico feliz que tenha gostado e que esteja me seguindo. :)

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