domingo, 21 de agosto de 2011

Onde está a felicidade?

Ontem acabei me desencontrando de um colega e fui ao cinema sozinho. Não fazia muita ideia do que assistir. "Smurfs"? "Lanterna Verde"? Não, vamos fugir da lista dos filmes mais comentados e mais assistidos. Fiquei alguns instantes olhando para os monitores do cinema, quando me deparei com a chamada da próxima sessão de "Onde está a felicidade?". O titulo me atraiu logo de cara, qualquer coisa que tenha a palavra "felicidade" acaba me atraindo de alguma forma, mas ainda assim eu não seria capaz de comprar o ingresso sem fazer nenhuma ideia da história do filme. Perguntei ao funcionário do Cinemark e, ele, muito educadamente fez um breve resumo. Entrei na fila decidido a assistir esse filme.

Comprei o ingresso e aguardei cerca de uma hora até a sessão iniciar. Nesse meio tempo, entrei na Saraiva e comprei um livro do Júlio Cortázar que eu gosto muito, mas até então só o tinha lido através de empréstimos em bibliotecas; "Octaedro". Uma hora depois, fui para a sala e fiquei surpreso ao ver que estava quase vázia, por se tratar de um filme que acabara de estrear. Mas achei bom, gosto de ir ao cinema sozinho com a sala quase vázia e sentir como se o cinema fosse meu, haha. Ok, alguns casais ali, algumas senhoras aqui...Ninguém muito parecido comigo (menino de 18 anos, sozinho). Mas que seja.

O filme começa e Bruna Lombardi surge LINDA na tela. O tempo vai passando e algumas cenas engraçadas surgem, mas nada de espetacular. A mensagem que eu consegui tirar do filme é a seguinte(vou conta-la com um breve resumo do filme): Téo, personagem da Bruna Lombardi decide ir para a Espanha fazer o Caminho de Santiago da Compostela após descobrir que o seu marido a traia virtualmente. Ela vai para lá, faz o caminho mais de carro do que a pé e ao final acaba descobrindo que o seu marido não estava a traindo de verdade, após o mesmo enfrentar o seu medo de avião e ir para lá. Enquanto Téo se via mais perdida ainda, não adiantou nada ter viajado para longe, a solução poderia ter sido encontrada na sua própria cidade, porque a solução não dependia do lugar, dependia dela.

Só que, para enxergar isso ela precisou além de uma foto tirada por um celular, de tempo. Tempo para processar as coisas que aparentemente estão claras na nossa cabeça, mas na verdade estão mais confusas e desalinhadas do que imaginamos. E que a gente realmente complica as coisas o tempo todo e acaba dando proporções maiores para coisas pequenas e até voltar ao estado "normal", precisamos de mais tempo ainda. Não basta fingir que está tudo bem, você precisa sentir, precisa acreditar que está. E a felicidade não está em caminhos longos, ou em lugares distantes. A felicidade está dentro de nós, o que nós precisamos na maioria das vezes é de tempo para encontra-la, para descobri-la, na verdade.

Sobre o filme, não é, de longe, o melhor filme que eu já assisti, ou o filme que mudou a minha vida, mas dá pra tirar algum aprendizado do que é mostrado na tela. E claro, rir, porque isso também é necessário quando você está sozinho no cinema em um sábado chuvoso.

Um comentário:

  1. Um lugar longe de tudo que nos cerca e nos sufoca, pode ser uma boa para tentar nos encontrar com o eu que pode nos fazer feliz, mas o passo inicial é a pessoa ver seu interior e buscar tirar de dentro de si a felicidade que procuramos por aí. Não se pode depender só dos outros, é preciso que façamos também por nós.

    Beijoo'o

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