sábado, 24 de dezembro de 2011

Maravilhas invisíveis

Nuvens passeiam pelo céu
Descompassadas, sem pretensões
Janelas que se abrem e se deparam com o dia
E quando se fecham, recolhem-se em acalanto

Nada que não seja esperado
Nada que não se repita
E não há quem diga que o ciclo é cansativo
O ciclo é o ponto de partida e de chegada

As folhas são astutas e espiam tudo
Sem medo de serem vistas, ou sopradas
São destemidas e independentes
Não temem novas estações ou novos ventos

Os animais ao chão é a platéia
E observam todos os movimentos
Maravilhados com a vida que os rodeia
E se dão conta de que acordar hoje
Acordar amanhã
Nunca é demais

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