segunda-feira, 17 de agosto de 2015

A busca por Úrsula

Voltei àquele lugar disposto a reencontra-la. Sentia falta das nossas conversas, das nossas reflexões tão pessoais e do empoderamento que ela me dava, como amiga. Perguntei aos funcionários, colegas, amigos e até mesmo a desconhecidos: algum de vocês viu ela por aí? Algum de vocês pescou algum rastro de saudade que ela deixou em algum canto e pode me dar um sinal? Por menor que seja, será útil; é nas sutilezas que eu me encontro com ela.

Ninguém sabe nada dela até agora. E eu acho isso bonito, porque de certo modo imagino que ela esteja descobrindo novos mundos, novas pessoas. Ela não sabe, mas tudo o que ela faz é grandioso. Suas palavras tem vida e seus sonhos são pro mundo. A luz que ela emana tem um alcance inestimável e se ela deixasse, eu pegaria um pouco dessa luz pra mim como forma de retribuir todo o bem que ela me faz.

Cansado, continuei buscando por ela. Dessa vez evitei perguntas e segui um trajeto inverso. Mentalmente, tentei fazer a rota que ela havia feito até chegar até ali. Todas as pontes, estradas e céus; me perguntei: por onde ela passou e o que ela viveu antes de chegar até aqui? Sabia que esse local era mais um ponto de parada, não a morada definitiva. E saber disso me dava uma perspectiva boa porque, afinal, se ela não estava mais ali, certamente enveredou por um mundo novo. E eu imagino que ela esteja feliz por lá, se é que foi isso mesmo o que aconteceu.

A verdade disso tudo é que, por mais que eu buscasse por ela, sabia que existia um risco enorme de não encontra-la nunca mais. E me senti tranquilo. Tranquilo porque enquanto eu busco por ela, eu tenho certeza que ela está buscando...Por ela. E, daqui ou de qualquer outro lugar eu mando um rastro, um facho de luz como forma de comunicar todo o apreço que eu mantenho por ela.

Nenhum comentário:

Postar um comentário