É estranho como a nossa vida é feita de fases e que passamos de uma para outra sem que a gente perceba. Um dia estamos numa festa, rodeado de conhecidos e com um semblante feliz no rosto. No outro, estamos em casa de pijamas, vendo uma reprise na televisão... E, embora a gente não demonstre, estamos igualmente felizes. Uso essa metáfora para exemplificar que há momentos em que a melhor companhia que a gente pode ter é a nossa própria companhia.
Não se trata de esquecer dos amigos, ignorar qualquer convite ou sumir do mapa... Trata-se de olhar pra dentro, de se olhar no espelho e reconhecer a pessoa que aos poucos estamos nos tornando. Não é uma fase de introspecção, pelo contrário: é uma fase de prospecção para os novos rumos que a gente mesmo quer tomar. Uma fase que se inicia com atitudes que farão bem, sobretudo, a nós mesmos.
Por vezes nos entregamos a outras pessoas e perdemos o controle daquilo que estamos entregando. Essa fase é o oposto disso, é a fase de dar tudo o que pudermos dar...A nós mesmos. Não por egoísmo, mas por amor próprio. Por acreditar que, se nos cuidarmos (externa e internamente, principalmente) irradiaremos mais luz. Luz essa que será irradiada para todos os cantos, mas uma luz que nós mesmos conseguiremos enxergar.
A prioridade não é você, nem sou eu... A prioridade é o reconhecimento. Saber quem sou e o que quero projetar para os outros. A prioridade é meu silêncio de felicidade, minha tranquilidade sem desespero. A prioridade é me fortalecer de todas as formas. É dar um, dois passos para trás, para depois dar um passo para frente. É não cair e não ser derrubado por armadilhas que eu mesmo coloquei. É olhar pra frente e, mais que isso: é olhar pra dentro. E sentir-se feliz com o que os olhos miram.
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