Existem momentos da vida em que você sabe que precisa livrar-se de algumas coisas para ter outras coisas novas. Seja livrar-se porque essas coisas já não te acrescentam em nada, ou livrar-se simplesmente porque você está cansado de uma situação que chegou ao seu limite e, dali você sabe que não conseguirá extrair mais nada. Parece ser simples, mas não é. Livrar-se das coisas antigas exige desapego, coragem...Livrar-se das coisas antigas exige que você aceite matar uma parte de si para deixar uma nova parte nascer.
A princípio parece ser muito mais cômodo viver imerso a situações em que temos total controle, conversar com pessoas que (acreditamos) saber lidar e andar por terras já mapeadas. Mas qual é o ponto disso tudo? Viver dessa forma é estacionar a si no tempo e não permitir que outros pontos e visões e opiniões cheguem em nós.
E porque não pensar no tédio como justificativa pra essa mudança? Sim, se nós não saímos do nosso lugar, se não nos se permitimos sentir outras coisas e conhecer outros lados de nós mesmos que estavam em repouso (ou esperando para nascer), nossa vida perde toda a chama e o que resta são faíscas de momentos em que até pensamos, mas não fizemos a mudança.
Não se trata de esquecer das raízes, das memórias e dos sonhos antigos. Trata-se de permitir que o novo tenha espaço dentro das nossas vidas, de reconhecer que algumas coisas não mudam e, se isso nos causa qualquer tipo de sofrimento e atrapalha nossa vida, passou da hora de deixa-las para trás e surgir. Surgir com outras ideias, outras pessoas, outros sonhos...Surgir como uma outra pessoa que cansou de procrastinar a própria felicidade e finalmente decidiu seguir o novo fluxo da própria vida.
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