Depois de tanto tempo carregando você comigo pra todos os lados foi muito estranho perceber que aquele amor todo havia perdido a intensidade. Foi como perder uma parte do meu corpo e depois disso ficou complicado andar, respirar... Ficou difícil porque aquele sentimento já estava em mim a tanto tempo que eu me acostumei com ele, aprendi a respeita-lo e travei uma batalha pra entender a dor que ele causava em mim.
Quando o sentimento foi embora eu realmente fiquei sem saber o que fazer. Ao mesmo tempo que fiquei feliz porque a partida dele levou embora toda a dor que ele me causara, fiquei triste porque ele era uma das únicas coisas que me fazia sentir vivo mesmo. Que me desequilibrava de uma forma que me colocava em outros eixos e me transportava pra lugares que só você era capaz de me levar.
Agora fica um oco aqui dentro. Acho que me viciei em estar apaixonado. E desde que o sentimento foi embora eu tenho tentado buscar outros sentimentos em tudo, esperando que algum deles ocupe o lugar que ficou vago e devolva pra mim a paixão que por vezes perco pela vida.
sábado, 29 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Memórias afortunadas
Após um dia difícil, decidi procurar qualquer coisa que me desse alguma esperança e algum motivo pra sorrir. Alguma coisa que me fizesse acreditar que a vida gira e que nunca seremos infelizes para sempre. Que as coisas mudam quando a gente menos espera, ou melhor: quando corremos atrás das mudanças. Mesmo cansado, fiz tudo o que estava ao meu alcance externamente e, apesar de todo o esforço, nada conseguia mudar a cor daquele dia e dar ares de alegria àquele momento difícil.
Foi então que precisei ir além. E acreditar naquilo que meus olhos não podem enxergar, mas que está guardado dentro de mim. Decidi me abastecer de memórias. Sim, memórias. Mas aquela memória que nos faz sentir saudades enormes de um tempo em que o nosso coração bateu mais forte e o sorriso desabrochava no rosto sem motivo aparente... E a gente era feliz porque a vida era leve.
E aí senti vontade de chorar. Me culpei por todas as vezes que reclamei da minha vida porque percebi que não tenho motivo algum pra reclamar. Me dei conta de que o que eu tenho de mais importante é uma força interior que não me abandona nunca, nem mesmo nos dias difíceis. Me senti afortunado não porque tudo estava perfeito; me senti afortunado porque tenho resiliência.
Depois que trouxe todas aquelas memórias, olhei a minha volta, refleti sobre a minha situação naquele momento e tudo ficou tão pequeno, sabe? Nossa força e aquilo que nós carregamos conosco de bom e, sobretudo, aquilo que nós emanamos para o mundo é maior e mais forte que qualquer intempérie da vida. Por isso não caímos. Quando tiver um dia difícil, ou achar que está vivendo um momento difícil, se abasteça de memórias.
Foi então que precisei ir além. E acreditar naquilo que meus olhos não podem enxergar, mas que está guardado dentro de mim. Decidi me abastecer de memórias. Sim, memórias. Mas aquela memória que nos faz sentir saudades enormes de um tempo em que o nosso coração bateu mais forte e o sorriso desabrochava no rosto sem motivo aparente... E a gente era feliz porque a vida era leve.
E aí senti vontade de chorar. Me culpei por todas as vezes que reclamei da minha vida porque percebi que não tenho motivo algum pra reclamar. Me dei conta de que o que eu tenho de mais importante é uma força interior que não me abandona nunca, nem mesmo nos dias difíceis. Me senti afortunado não porque tudo estava perfeito; me senti afortunado porque tenho resiliência.
Depois que trouxe todas aquelas memórias, olhei a minha volta, refleti sobre a minha situação naquele momento e tudo ficou tão pequeno, sabe? Nossa força e aquilo que nós carregamos conosco de bom e, sobretudo, aquilo que nós emanamos para o mundo é maior e mais forte que qualquer intempérie da vida. Por isso não caímos. Quando tiver um dia difícil, ou achar que está vivendo um momento difícil, se abasteça de memórias.
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