No meio de tantos questionamentos cotidianos, decidi refazer o trajeto que me trouxe até aqui. Decidi repensar em todas as escolhas do passado, em todos os desejos e me perguntar, outra vez, porque escolhi esse caminho. Não fiz isso com o intuito de me conhecer melhor, fiz isso com o intuito de interromper a tristeza que me perseguia todos os dias, desde que cheguei.
Repensando nas minhas escolhas, notei que eu não havia optado por esse caminho: quem havia optado por ele foi o desespero que tomara conta de mim em outros tempos. Foi por ele, não foi por mim. Se fosse por mim, teria optado pela felicidade, por estar perto das pessoas que me amam... Se fosse por mim, teria sido completamente emocional e, sem dúvida nenhuma teria permanecido onde estava.
Agora, tempos depois de ter embarcado nessa jornada, chego a conclusão de que precisava disso para valorizar. Para olhar mais para as pessoas que estavam perto de mim, para ser mais tolerante com aqueles que me amam... Pra ser mais tolerante com o tempo. Estar aqui, de forma alguma precisa ser uma obrigação, costumo dizer que estar aqui é uma escolha diária que faço e, tenho certeza que quando sentir que essa escolha já não me faz bem, desistirei dela e partirei rumo a novos horizontes.
Não quero pensar que sou fraco, porque não sou. O desespero me trouxe a coragem que faltara em outros momentos da minha vida. Mas por outro lado, vejo que sou pequeno diante de tudo o que sinto nesse momento e que todos os meus sentimentos precisam de abraços, de corações. Todos os meus sentimentos precisam de verdades para permanecerem dentro de mim. E a saudade... A saudade não é a tristeza. A saudade, junto com o amor, é o laço que me prende ao que, momentaneamente, abdiquei.