Não entendo porque no que diz respeito a determinadas escolhas, cometemos os mesmos erros de antes. Agimos exatamente da mesma forma acreditando que, finalmente, o resultado será outro: não, não será. Mesmas escolhas, ainda que com diferentes roupagens nos levam aos mesmos lugares, aos mesmos arrependimentos e uma contínua perda de tempo, perda de vida.
Refletir sobre isso me assusta... Porque vejo que cometi os mesmos erros mais de uma vez. Assusta e provoca uma aflição ao constatar que talvez eu esteja me comportamento da mesma forma nesse momento. E eu não quero isso. Quero interromper agora uma série de erros sobre um tema tão importante da minha vida. Quero evoluir; traçar objetivos, metas: vislumbrar. Olhar pra trás não me preocupa, o que me preocupa é olhar pro agora e ter a sensação de que continuo parado no mesmo lugar.
Eu espero que esse reconhecimento me permita transformar a minha realidade e o meu futuro. Que essa percepção não traga apenas uma mudança reflexiva, mas uma mudança prática; um autoconhecimento que me possibilite enxergar que mudei meus objetivos. Que eu não trave a todo o momento e que possa, enfim, projetar um futuro com menos incertezas.
Ventura
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas. Abre essa janela, a primavera quer entrar.
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
Sós-laio
Existem odisseias que ainda não foram vividas
Elas esperam por mim: num céu de cumbia estrelada
Com tantas cores e com tantos instrumentos
Existem dores que ainda não foram sentidas
E cada nota de rock dramático transmitirá tudo o que sinto
Me dirijo a este mesmo céu de cumbia estrelada
Em busca dos amores que não conheci
Em busca dos lugares que não estive
Em busca do pôr-do-Sol que não vi
Em busca das minhas histórias
Que não vivi
Porque parti
terça-feira, 8 de setembro de 2015
Se nada for como antes
Conforme a data se aproximava, ficava mais apreensivo. Tinha medo de encontrar tudo tão, mas tão diferente que eu não pudesse associar o passado àquele presente. E fui criando fantasias de um presente que sequer havia acontecido: imaginei um futuro que não se atrelava ao passado do que vivi naquele lugar. E essa desconexão me causava angústia, porque ela era uma espécie de rompimento e eu não queria desapegar.
A verdade é que, sim, tudo estará diferente, mas não necessariamente irreconhecível. A essência daquelas relações que por tantos meses fizeram bem estarão intactas; um gesto mudará, um tom de voz e um trejeito... Mas a essência, aquilo que realmente importa, continuará intacto. E se isso não acontecer? Se isso não acontecer, lembrarei do passado com tanto, mas tanto carinho, que não ficarei triste.
Não terei medo de retornar outras vezes àquele lugar justamente porque o que foi vivido, da forma que foi vivido, jamais se perderá. O presente é tudo o que temos, mas a saudade do passado mantém vivo um baú de recordações que fazem esse reencontro ter algum sentido. E, mais uma vez: não terei medo.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
A busca por Úrsula
Voltei àquele lugar disposto a reencontra-la. Sentia falta das nossas conversas, das nossas reflexões tão pessoais e do empoderamento que ela me dava, como amiga. Perguntei aos funcionários, colegas, amigos e até mesmo a desconhecidos: algum de vocês viu ela por aí? Algum de vocês pescou algum rastro de saudade que ela deixou em algum canto e pode me dar um sinal? Por menor que seja, será útil; é nas sutilezas que eu me encontro com ela.
Ninguém sabe nada dela até agora. E eu acho isso bonito, porque de certo modo imagino que ela esteja descobrindo novos mundos, novas pessoas. Ela não sabe, mas tudo o que ela faz é grandioso. Suas palavras tem vida e seus sonhos são pro mundo. A luz que ela emana tem um alcance inestimável e se ela deixasse, eu pegaria um pouco dessa luz pra mim como forma de retribuir todo o bem que ela me faz.
Cansado, continuei buscando por ela. Dessa vez evitei perguntas e segui um trajeto inverso. Mentalmente, tentei fazer a rota que ela havia feito até chegar até ali. Todas as pontes, estradas e céus; me perguntei: por onde ela passou e o que ela viveu antes de chegar até aqui? Sabia que esse local era mais um ponto de parada, não a morada definitiva. E saber disso me dava uma perspectiva boa porque, afinal, se ela não estava mais ali, certamente enveredou por um mundo novo. E eu imagino que ela esteja feliz por lá, se é que foi isso mesmo o que aconteceu.
A verdade disso tudo é que, por mais que eu buscasse por ela, sabia que existia um risco enorme de não encontra-la nunca mais. E me senti tranquilo. Tranquilo porque enquanto eu busco por ela, eu tenho certeza que ela está buscando...Por ela. E, daqui ou de qualquer outro lugar eu mando um rastro, um facho de luz como forma de comunicar todo o apreço que eu mantenho por ela.
Ninguém sabe nada dela até agora. E eu acho isso bonito, porque de certo modo imagino que ela esteja descobrindo novos mundos, novas pessoas. Ela não sabe, mas tudo o que ela faz é grandioso. Suas palavras tem vida e seus sonhos são pro mundo. A luz que ela emana tem um alcance inestimável e se ela deixasse, eu pegaria um pouco dessa luz pra mim como forma de retribuir todo o bem que ela me faz.
Cansado, continuei buscando por ela. Dessa vez evitei perguntas e segui um trajeto inverso. Mentalmente, tentei fazer a rota que ela havia feito até chegar até ali. Todas as pontes, estradas e céus; me perguntei: por onde ela passou e o que ela viveu antes de chegar até aqui? Sabia que esse local era mais um ponto de parada, não a morada definitiva. E saber disso me dava uma perspectiva boa porque, afinal, se ela não estava mais ali, certamente enveredou por um mundo novo. E eu imagino que ela esteja feliz por lá, se é que foi isso mesmo o que aconteceu.
A verdade disso tudo é que, por mais que eu buscasse por ela, sabia que existia um risco enorme de não encontra-la nunca mais. E me senti tranquilo. Tranquilo porque enquanto eu busco por ela, eu tenho certeza que ela está buscando...Por ela. E, daqui ou de qualquer outro lugar eu mando um rastro, um facho de luz como forma de comunicar todo o apreço que eu mantenho por ela.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Pra devolver toda luz
Há algum tempo que eu ensaio escrever algo para vocês. Já cheguei a escrever rascunhos e frases desconexas que não faziam muito sentido, mas não consegui transformar nada disso em texto. Não consegui exteriorizar... E vocês sabem: eu sempre tive uma necessidade muito grande de exteriorizar as coisas. Preciso do toque, preciso da fala, do sorriso. Preciso desenhar vocês dentro e fora de mim como forma de agradecer - e enaltecer tudo o que vocês fazem por mim.
A verdade é que digo essas coisas pra que vocês saibam, assim, de forma singela, o quão grato eu sou. E preciso dizer que vocês fizeram com que eu me lembrasse de uma série de coisas que as imposições sociais me fizeram esquecer por diversos momentos da minha vida. Vocês me lembraram que eu posso ser eu e que não há nada de errado nisso. Com todas as minhas inseguranças, minha prolixidade, inconstâncias e ímpetos; eu posso ser eu e não há nada de errado nisso.
Com isso, vocês não só abriram meus olhos, mas abriram meu coração. Graças a vocês eu não tenho mais medo de me doar, porque vocês me dão tanto, mas tanto em troca, que sentimento algum fica vagando a esmo por aí. E eu não preciso mais inventar amores platônicos pra ter inspiração: vocês são meus amores. E são reais. Aqueles espantaram minhas agonias e acolheram meus sentimentos. Comprando as minhas brigas vocês fizeram com que eu não tivesse mais medo de lutar, porque eu passei a não me sentir mais tão sozinho e fraco. Vocês me deram força.
Talvez eu nunca encontre uma forma de retribuir tudo isso como eu gostaria, com atitudes equivalentes. E nesse mar de coisas boas que recebo de vocês todos, me encontro perdido e não sei direcionar nada especificamente, mas estou tão calmo quanto a isso porque de alguma forma acredito que recebo aquilo que já emanei algum dia. Aquilo que anjos precisam pra manter alguma constância em suas atividades, pra continuarem dando tudo, exatamente como vocês fazem.
Nesse momento há uma lacuna de palavras não preenchidas por este humilde amigo, mas sobra gratidão. Ao destino, ao universo, a todas essas forças que, de alguma forma se alinham e nos colocam nos eixos corretos. E meus eixos são vocês. Minha sorte são vocês.
A verdade é que digo essas coisas pra que vocês saibam, assim, de forma singela, o quão grato eu sou. E preciso dizer que vocês fizeram com que eu me lembrasse de uma série de coisas que as imposições sociais me fizeram esquecer por diversos momentos da minha vida. Vocês me lembraram que eu posso ser eu e que não há nada de errado nisso. Com todas as minhas inseguranças, minha prolixidade, inconstâncias e ímpetos; eu posso ser eu e não há nada de errado nisso.
Com isso, vocês não só abriram meus olhos, mas abriram meu coração. Graças a vocês eu não tenho mais medo de me doar, porque vocês me dão tanto, mas tanto em troca, que sentimento algum fica vagando a esmo por aí. E eu não preciso mais inventar amores platônicos pra ter inspiração: vocês são meus amores. E são reais. Aqueles espantaram minhas agonias e acolheram meus sentimentos. Comprando as minhas brigas vocês fizeram com que eu não tivesse mais medo de lutar, porque eu passei a não me sentir mais tão sozinho e fraco. Vocês me deram força.
Talvez eu nunca encontre uma forma de retribuir tudo isso como eu gostaria, com atitudes equivalentes. E nesse mar de coisas boas que recebo de vocês todos, me encontro perdido e não sei direcionar nada especificamente, mas estou tão calmo quanto a isso porque de alguma forma acredito que recebo aquilo que já emanei algum dia. Aquilo que anjos precisam pra manter alguma constância em suas atividades, pra continuarem dando tudo, exatamente como vocês fazem.
Nesse momento há uma lacuna de palavras não preenchidas por este humilde amigo, mas sobra gratidão. Ao destino, ao universo, a todas essas forças que, de alguma forma se alinham e nos colocam nos eixos corretos. E meus eixos são vocês. Minha sorte são vocês.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
A cor da vida
Hoje decidi pintar a vida de poesia
Rabiscar qualquer coisa com todas as cores possíveis
Depois, passar uma borracha por cima de tudo e criar algo novo
Hoje decidi pintar a vida de poesia
De poesia viva, de poesia que vem da alma
Que dói, que faz sorrir
Poesia sem meios termos
Hoje decidi pintar a vida de poesia
Poesia barata, poesia com apreço
Poesia de quem sente tudo sem medo de errar o traço
Sem medo de ultrapassar limites impostos
Sem medo de pegar o papel e joga-lo fora
E recomeçar novas pinturas com novas poesias
Com novos recomeços
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Realizar
Nunca pensei que ter o poder de decisão sobre a própria vida fosse ser algo tão difícil, pelo contrário. Sempre almejei muito estar nessa posição para, finalmente, fazer tudo aquilo que tenho vontade sem a interferência de outrem. Agora que posso decidir e ir pro caminho que eu quiser, me encontro numa encruzilhada de dúvidas mentais e simplesmente não sei o que fazer, tampouco qual direção devo seguir.
Dessa forma, permaneço imóvel, acreditando que "quando não se sabe o que fazer, o melhor é não fazer nada" e sigo mentindo pra mim mesmo. No fundo, sei bem o que quero, sei bem aonde quero chegar e o que preciso fazer pra concretizar tudo isso que vislumbro nos meus pensamentos, entretanto, me falta certeza. Certeza de que trilhar esse caminho, de fato, trará algum resultado. E dúvidas sobre ser bom o bastante para ele. Falta coragem pra me arriscar a fazer algo que eu sempre quis fazer, mas estive longe de colocar em prática. Falta acreditar.
Nesse momento tento permanecer a maior parte do tempo recluso nas minhas ideias, me afastando de qualquer interferência humana do mundo: só eu posso enxergar o que é melhor pra mim. E continuo escrevendo histórias imaginárias de um futuro que eu sempre projetei pra minha vida.
Dessa forma, permaneço imóvel, acreditando que "quando não se sabe o que fazer, o melhor é não fazer nada" e sigo mentindo pra mim mesmo. No fundo, sei bem o que quero, sei bem aonde quero chegar e o que preciso fazer pra concretizar tudo isso que vislumbro nos meus pensamentos, entretanto, me falta certeza. Certeza de que trilhar esse caminho, de fato, trará algum resultado. E dúvidas sobre ser bom o bastante para ele. Falta coragem pra me arriscar a fazer algo que eu sempre quis fazer, mas estive longe de colocar em prática. Falta acreditar.
Nesse momento tento permanecer a maior parte do tempo recluso nas minhas ideias, me afastando de qualquer interferência humana do mundo: só eu posso enxergar o que é melhor pra mim. E continuo escrevendo histórias imaginárias de um futuro que eu sempre projetei pra minha vida.
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